sexta-feira, 19 de junho de 2009

Athlon Thunderbird

ct

Athlon Thunderbird


Com exceção dos K6-2, que foram vendidos em enorme quantidade e por isso ainda vão demorar para serem substituídos completamente, o Thunderbird é provavelmente o processador AMD mais antigo que você ainda encontrará em uso. O Athlon original era caro e foi produzido em quantidades limitadas, devido a dificuldades da AMD relacionadas ao processo de produção e à obtenção de chips de cache L2 em volume suficiente. Foi a partir do Thunderbird que a AMD passou a ter um produto competitivo e a ganhar espaço no mercado.

As primeiras séries do Athlon slot A (K7), produzidas em versões de 500 a 700 MHz foram ainda produzidas em uma antiquada técnica de 0.25 micron, que limitava pesadamente a freqüência de operação do processador. A partir de novembro de 1999, o Athlon passou a ser produzido em uma técnica de 0.18 micron (K75), dando origem às versões de até 1.0 GHz.

A Athlon Thunderbird ainda é produzido em uma técnica de 0,18 micron, mas ele traz como grande destaque o uso de cache L2 integrado, um verdadeiro divisor de águas, que além de melhorar o desempenho do processador, baixou os cursos de produção (e consequentemente o preço de venda), permitiu o lançamento de versões com clock mais elevado e, ainda por cima, permitiu o lançamento do Duron, que rapidamente substituiu os antigos K6-2 no posto de processador de baixo custo.

O Thunderbird possui apenas 256 KB de cache L2, contra 512 KB do Athlon antigo. A grande diferença é que nele o cache é integrado diretamente no núcleo do processador e opera sempre à mesma freqüência que ele, o que resulta em um ganho de desempenho muito grande. O cache L2 é complementado por mais 128 KB de cache L1, que também opera à mesma freqüência do processador, mas oferece tempos de latência mais baixos.

Em um Athlon slot A de 1.0 GHz, o cache L2 opera a apenas 333 MHz (1/3 da freqüência do processador), enquanto em um Thunderbird da mesma freqüência, ele opera a 1.0 GHz. Esta brutal diferença na freqüência do cache cobre com lucro a perda resultante da diminuição do tamanho, fazendo com que o Thunderbird seja mais de 10% mais rápido que o modelo antigo.

Outra diferença importante com relação ao cache do Thunderbird é que ele passou a ser "exclusivo" ao invés de "inclusivo", como no Athlon antigo. Isso faz com que o cache L1 armazene sempre dados diferentes dos armazenados no cache L2, fazendo com que o processador realmente armazene 384 KB de informações em ambos os caches. No cache inclusivo o Athlon antigo, o cache L1 armazenava cópias de dados já armazenados no cache L2, fazendo com que o processador armazenasse um total de 512 KB de dados em ambos os caches:


Slide da AMD que mostra o uso do cache exclusivo do Thunderbird

Com a simplificação no design do processador, o formato de cartucho deixou de ser necessário, de forma que a AMD voltou a utilizar um encaixe em formato de soquete, dando origem ao soquete A (também chamado de soquete 462), utilizado na segunda geração de placas para o Athlon.

Ao contrário da Intel, que permitiu uma migração suave do slot 1 para o soquete 370, desenvolvendo adaptadores e vendendo processadores em ambos os formatos durante algum tempo, a AMD optou por fazer uma migração abrupta, substituindo os processadores slot A pelos soquete A rapidamente.

Esse movimento foi coordenado com os fabricantes de placas, que retiraram rapidamente as antigas placas slot A do mercado e passaram a vender apenas as placas soquete A, que foram vendidas até 2005.

A AMD chegou a produzir uma série do Thunderbird em formato slot A, que foi vendida a alguns integradores que ainda tinham estoques de placas slot A, mas essa foi uma série limitada, que não chegou a ser vendida diretamente ao consumidor. Infelizmente não existe nenhum adaptador que permita instalar um Thunderbird numa placa slot A, de forma que elas se tornaram obsoletas.


Athlon Thunderbird espetado em uma placa soquete A

Como você pode ver, o Thunderbird não utiliza nenhum tipo de proteção sobre o núcleo do processador. Isto melhora a dissipação do calor (já que não existem intermediários entre o processador e o cooler), mas em compensação torna o processador muito mais frágil. É preciso ter cuidado redobrado ao instalar o cooler, para não trincar o núcleo do processador e você não deve jamais ligar o micro sem encaixar o cooler corretamente, pois isso vai literalmente torrar o processador. Não caia na tentação de "ligar o micro só pra testar" antes de encaixar o cooler, pois depois de "testar" você vai precisar comprar outro processador. :)

Em termos de performance, o Thunderbird supera um Pentium III Coppermine do mesmo clock na maioria das aplicações. Em alguns testes o Pentium III era mais rápido, mas no geral o Thunderbird se mostrava superior, apesar de ser mais barato.

O verdadeiro concorrente do Thunderbird não foi o Pentium III, que já estava em vias de ser descontinuado, mas sim as versões iniciais do Pentium 4 que, apesar de possuírem um desempenho por ciclo de clock muito inferior, trabalhavam a freqüências de clock muito mais elevadas, competindo na base da força bruta.

Inicialmente o Thunderbird foi lançado em versões de 750, 800, 850, 900, 950 e 1000 MHz, utilizando sempre bus de 100 MHz (200 MHz, se levarmos em conta as duas transferências por ciclo do barramento EV6). Mais tarde, foram introduzidas versões de 1.1, 1.2 e 1.3 GHz (ainda utilizando bus de 100 MHz) e, em seguida, versões de 1.13, 1.2, 1.26, 1.33 e 1.4 GHz, utilizando bus de 133 MHz.

Ao contrário do que temos nos processadores Intel, não existia uma diferença perceptível de desempenho entre as versões do Thunderbird com bus de 100 e 133 MHz, pois as placas da época, baseadas nos chipset VIA KT133 e SiS 730S, eram capazes de trabalhar com a memória operando de forma assíncrona, com uma freqüência acima da do FSB. Desta forma, a memória podia trabalhar a 133 MHz, mesmo ao utilizar um Thunderbird com bus de 100 MHz. Como o barramento EV6 utilizado pelo Athlon realiza duas transferências por ciclo, havia banda mais do que suficiente para absorver os dados enviados pela memória, mesmo a 100 MHz.

Em junho de 2000 foi lançado o Duron, que finalmente substituiu os antigos K6-2 e K6-3 como processador de baixo custo.

A versão inicial do Duron, baseada no core Spitfire, é um descendente direto do Athlon Thunderbird. Ambos compartilham a mesma arquitetura (incluindo os 128 KB de cache L1), mas o Duron vem com apenas 64 KB de cache L2, apenas um quarto do usado no Thunderbird.

O Duron foi possivelmente o primeiro processador da história a vir com mais cache L1 do que cache L2. Apesar de incomum, essa configuração de cache funcionava muito bem, graças ao sistema de cache exclusivo introduzido pela AMD no Thunderbird.

Graças a ele, o Duron podia armazenar dados diferentes em ambos os caches, totalizando 192 KB de dados. O Celeron Coppermine, que era seu concorrente direto, possuía 32 KB L1 e 128 KB de cache L2 e utilizava o sistema inclusivo, onde o cache L1 armazenava cópias de dados já armazenados no cache L2. Isso fazia com que o Celeron fosse capaz de armazenar apenas 128 KB de informações em ambos os caches, um volume muito menor que o Duron.

O cache L2 do Duron contava com 16 linhas associativas (o mesmo número do Thunderbird), contra 8 do Pentium III e 4 do Celeron. O maior número de linhas de associação melhora bastante a eficiência do cache, agilizando o acesso aos dados gravados e garantindo um melhor aproveitamento do espaço. O grande problema é que o Celeron utilizava um barramento de 256 bits para acesso ao cache L2, enquanto o Duron utilizava um barramento muito mais lento, com apenas 64 bits. O barramento estreito anulava parte dos ganhos obtidos nos outros quesitos.

Outra diferença em relação ao Celeron é que o Duron era realmente um processador diferente, com menos transístores e produzido em fábricas separadas, enquanto o Celeron Coppermine era um Pentium III com metade do cache L2 desativado em fábrica. No início, esse artifício permitiu que a intel aproveitasse um certo número de processadores Pentium III com defeitos no cache, já que podia desativar a parte ruim e vendê-los como Celerons. Mas, a partir de um certo ponto, o número de Celerons vendidos passou a superar em muito o número de processadores com defeito, de forma que a Intel precisava realmente produzir um Pentium III completo, arcando com todos os custos, para então desativar metade do cache e vendê-lo como um Celeron.

A partir deste ponto, a estratégia da AMD se revelou mais vantajosa. O Duron Spitfire possui apenas 25 milhões de transístores, contra 37 milhões do Thunderbird, resultando em uma redução quase que proporcional no custo de produção. Os dois processadores eram produzidos em fábricas separadas e, além da questão do cache, existia uma pequena diferença na técnica de produção utilizada em cada um.

Tradicionalmente, os processadores utilizavam alumínio nos filamentos que interligam os transístores. O alumínio é um material fácil de se trabalhar, que não reage com o silício. Por outro lado, o alumínio não é um condutor tão bom quanto o cobre, ouro, platina ou outros materiais mais "nobres".

O cobre é um bom sucessor, pois é um material barato e que pode ser aplicado através das reações químicas usadas para construir um processador, ao contrário do ouro, por exemplo. A grande dificuldade em utilizar cobre no lugar do alumínio é que ele reage com o silício, tornando o processador imprestável caso nada seja feito a respeito.

A IBM desenvolveu então uma técnica que permitia usar uma finíssima camada de alumínio entre o silício e o filamento de cobre, isolando os dois materiais (copper interconnects). O uso de cobre permite que o processador seja capaz de operar a freqüências mais elevadas e manter-se estável trabalhando a temperaturas mais altas.

Na época, a AMD possuía duas fábricas, situadas em Austin (Texas) e Dresden (na Alemanha). A fábrica de Austin produzia apenas processadores na técnica antiga, utilizando filamentos de alumínio, enquanto a de Dresden produzia utilizando a técnica mais recente, com filamentos de cobre.

As versões mais rápidas do Athlon, começando com a série "AXIA" de 1.0 GHz eram produzidas na fábrica de Dresden, enquanto as versões mais lentas do Thunderbird, junto com o Duron, eram produzidas na fábrica de Austin.

Durante algum tempo, as séries do Thunderbird com filamentos de cobre se tornaram uma febre entre os entusiastas, pois suportavam overclocks muito maiores que os anteriores. Um Athlon AXIA de 1.0 GHz podia trabalhar estavelmente a 1.5 GHz, o que era algo absolutamente espantoso para a época.

Todos os processadores Athlon soquete A possuem alguns códigos decalcados na parte superior do processador, na área que fica em contato com o cooler. Na primeira linha vai o tradicional "AMD Athlon", enquanto a segunda linha informa a freqüência do processador. A terceira linha traz justamente informações sobre a série do processador.

A AMD utilizava um sistema de identificação bem simples para seus processadores, utilizando um código de identificação de 4 dígitos. O primeiro era a letra "A", de Athlon, enquanto os outros três mudavam de acordo com a série do processador. A mudança era sempre em ordem alfabética, o que permitia diferenciar facilmente os processadores de fabricação mais recente. Os "AXIA" (ou superiores) eram produzidos usando filamentos de cobre, enquanto os anteriores, como a série "AFFA", utilizavam a técnica antiga. Os códigos mudam de acordo com a família de processadores, por isso eles só têm alguma serventia ao comparar dois processadores da mesma família (dois Thunderbird, ou dois Palominos, por exemplo).

A quarta linha trazia mais uma letra de identificação, indicando a sub-série (também classificada na ordem alfabética), como "K" ou "Y". Ela indicava refinamentos na técnica de produção, de forma que os processadores de sub-séries mais recentes oferecem margens de overclock um pouco maiores:


Athlon "AXIA" de 1.0 GHz, da sub-série "K"

Como em outros processadores, as possibilidades de overclocks não tinham muito a ver com a freqüência do processador, mas sim com a série. Um Athlon AXIA de 1.0 GHz e um Athlon AXIA de 1.33 GHz teriam um limite muito parecido, em torno de 1.5 GHz, de forma que era vantajoso comprar o processador mais barato.

Voltando ao Duron, a série inicial, baseada no Spitfire, foi composta por modelos de 550 a 950 MHz, todos utilizando bus de 200 MHz e produzidos utilizando filamentos de alumínio. As primeiras versões, sobretudo os de 600 e 650 MHz, suportavam overclocks generosos, atingindo facilmente os 900 MHz (bastava aumentar a tensão do processador de 1.6V para 1.7V no setup). As versões mais rápidas, por outro lado, trabalham com margens de overclock muito mais estreitas, já que já operam muito mais próximo do limite da arquitetura. O Duron Spitfire de 950 MHz, por exemplo, mal consegue ultrapassar a barreira dos 1000 MHz com estabilidade.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

FAÇA UMA DOAÇÃO PARA O NOSSO BLOG

MAKE A DONATION TO OUR BLOG/ HACER UNA DONACIÓN A NUESTRO BLOG/ FAI UNA DONAZIONE PER IL NOSTRO BLOG/ FAITES UN DON DE NOTRE BLOG/ Spenden AUF UNSERE BLOG/ บริจาคให้กับบล็อกของเรา/ 私達のブログに寄付する/

WATCHMEN – Trailer Oficial

TOP 100 GATAS


TABLE OF HOTNESS

100. Deanna Russo
99. Melissa Rycroft
98. Rebecca Mader
97. Marisa Tomei
96. Olivia Munn
95. Padma Lakshmi
94. Yvonne Strahovski
93. Michelle Obama
92. Joanna Krupa
91. Chelsea Handler
90. Roselyn Sanchez
89. Jamie Chung
88. Diane Kruger
87. Summer Glau
86. Ali Campoverdi
85. Michelle Trachtenberg
84. Minka Kelly
83. Whitney Port
82. Emma Watson
81. Heidi Montag
80. Jamie Gunns
79. Jaime King
78. Danica Patrick
77. Stacy Keibler
76. Cameron Richardson

75. Tricia Helfer
74. Amanda Bynes
73. Ashley Tisdale
72. Camilla Belle
71. Gabrielle Union
70. Maria Menounos
69. Jennifer Morrison
68. Ashley Greene
67. Emmy Rossum
66. Emma Stone
65. Amanda Righetti
64. Diora Baird
63. Milla Jovovich
62. Heidi Klum
61. Dania Ramirez
60. Carrie Underwood
59. Ana Ivanovic
58. Miranda Kerr
57. Audrina Patridge
56. Amber Heard
55. Christina Milian
54. Rachel Bilson
53. Kim Kardashian
52. Beyoncé
51. Sienna Miller

50. Taylor Swift
49. Freida Pinto
48. Arielle Kebbel
47. Katie Cassidy
46. Nicole Scherzinger
45. Fergie
44. Avril Lavigne
43. Elisha Cuthbert
42. Nikki Reed
41. Nadine Velazquez
40. Lily Allen
39. Anna Faris
38. Charlize Theron
37. Cameron Diaz
36. Hayden Panettiere
35. Anna Kournikova
34. Scarlett Johansson
33. Blake Lively
32. Ciara
31. Hilary Duff
30. Penélope Cruz
29. Zoe Saldana
28. Danneel Harris
27. Vanessa Hudgens
26. Angelina Jolie

25. Julianne Hough
24. Eva Mendes
23. Lindsay Lohan
22. Kate Beckinsale
21. AnnaLynne McCord
20. Moon Bloodgood
19. Chan Marshall
18. Marisa Miller
17. Britney Spears
16. Gina Carano
15. Katy Perry
14. Christina Aguilera
13. Jessica Alba
12. Leighton Meester
11. Jessica Biel

Click here to
see the top 10!


Gatas USA



2008
Jenna - Cuyahoga Falls, OH Shaun - Conroe, TX undefinedundefinedundefinedundefinedundefinedMegan - Parma, OH undefinedundefinedundefinedundefinedundefinedundefinedJacquelyn - Dayton, MD undefinedSarah - Baltimore, MD undefinedLucia - Burbank, CA undefinedEdnyr Marie - Orlando, FL undefinedundefinedChristina - Fresh Meadows, NY undefinedundefined
Debbie - Huntington Beach, CA
2007
2007